Como cuidar de um Pug: riscos da obesidade

Cachorro Pug sentado em área externa de uma casa.

Como cuidar de um Pug: riscos da obesidade

É difícil resistir. Quando um Pug se aproxima com os olhos grandes e pedindo comida, muitos tutores acabam oferecendo guloseimas fora de hora. Essa conduta pode ter um grande impacto negativo na saúde dos seus companheiros. Para saber como cuidar de um Pug da forma correta, é preciso ficar atento a obesidade.

Assim como acontece com os seres humanos, o acúmulo excessivo de gordura gera processos inflamatórios, metabólicos e físicos que tem como resultado uma série de problemas para a saúde de cães da raça Pug. Abaixo, Dra. Luiza da Silva (CRMV-SC 6718), Médica Veterinária, explica os principais deles.

Problemas Respiratórios 

Por mais que possamos considerar adoráveis os rostinhos achatados, para entender como cuidar de um Pug, não podemos esquecer que essa característica (a braquicefalia) traz uma série de problemas respiratórios. Principalmente durante a prática de atividades físicas. O aspecto ofegante e os ruídos típicos ao dormir (roncos) são prova disso.

Outra característica capaz de dificultar ainda mais a respiração dos Pugs é o palato mole alongado. 

“O palato mole é um pedaço de tecido que bloqueia as vias aéreas do Pug quando ele come ou bebe algo, direcionando o fluxo para o estômago. Porém, como nos Pugs essa estrutura é muito grande, ela acaba cobrindo também as vias aéreas normais do cão”  – Dra. Luiza da Silva (CRMV-SC 6718), Médica Veterinária.

Em situações de obesidade e sedentarismo, o peso corporal exagerado e os processos inflamatórios – que podem reduzir a imunidade e deixar o cão mais suscetível à gripe, por exemplo – podem dificultar ainda mais a passagem de ar para dentro dos pulmões dos Pugs.

Assim como os problemas provocados pela compressão do tecido adiposo sobre estruturas delicadas, como a traqueia é o pulmão.

Colapso de Traqueia em Pugs

A traqueia é uma estrutura fundamental ao sistema respiratório do Pug, uma vez que todo oxigênio que o animal respira passa por ela. No entanto, esse órgão – composto por anéis de cartilagem – pode se deformar e impedir a passagem do ar. Certamente algo fundamental para entender como cuidar de um Pug corretamente.

Na grande maioria das vezes, o colapso de traqueia é causado por fatores genéticos. Cães de menor porte, como os Pugs, tendem a possuir os anéis mais moles. O processo de envelhecimento e as variações de pressão que atingem o pescoço do animal aceleram a deformação e achatam os anéis da traqueia, que entra em colapso. E é esse o risco da obesidade.

“Com a obesidade, o Pug tende a acumular mais gordura ao redor do pescoço. Em situações mais graves, o tecido adiposo pode pressionar a traqueia, levando ao colapso, que impossibilita a respiração e pode provocar a morte do animal” – Dra. Luiza da Silva (CRMV-SC 6718), Médica Veterinária.

Cuidado com a Hipertermia em Pugs

Trata-se de um problema bastante comum nos meses mais quentes do ano e que está diretamente relacionado à respiração dos Pugs. 

Os cães não possuem um sistema de transpiração tão eficiente como os humanos para resfriar o próprio. Para isso, eles precisam aumentar a ventilação pulmonar (ficam ofegantes). Nos Pugs, esses sistema é ainda menos eficiente. 

“Pugs obesos, que possuem uma dificuldade respiratória ainda maior, estão mais suscetíveis à hipertermia. Nesses casos, a temperatura corporal do animal poderá chegar aos 42ºC. Isto pode provocar vômito, coagulação intravascular disseminada, edema pulmonar, parada cardíaca e, até mesmo, coma e ou morte” – Dra. Luiza da Silva (CRMV-SC 6718), Médica Veterinária.

Diabetes Canino em Pugs

O excesso de gordura no organismo pode levar o Pug a desenvolver o Diabetes Canino, uma doença crônica e sistêmica provocada pela deficiência parcial ou absoluta do hormônio insulina. 

O Diabetes Canino faz com que o açúcar dos alimentos se acumule no sangue, provocando acúmulo de gordura no fígado (esteatose hepática) e uma série de problemas vasculares que podem levar à cegueira (catarata), disfunções renais, amputação (gangrena, necrose) e morte. 

A forma mais comum de diabetes em cães é a primária (semelhante ao tipo 1 em humanos). Ela é provocada por fatores genéticos e ambientais – como obesidade – que levam à destruição das células tipo B do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. 

“A alimentação inadequada e o sedentarismo são dois grandes fatores de risco para a obesidade e, consequentemente, para o diabetes. Cães pequenos, como os Pugs, estão mais suscetíveis ao Diabetes Mellitus Primário” – Dra. Luiza da Silva (CRMV-SC 6718), Médica Veterinária.

Fique atento: O excesso de açúcar no sangue do Pug pode provocar sede acima do normal, maior frequência de micção, acúmulo de formigas na urina e episódios de desmaios.

Como cuidar de um Pug?

A primeira dica de como cuidar de um Pug e evitar os riscos da obesidade, é controlar o peso. Mesmo que essa raça não suporte exercícios de alta intensidade, é importante manter o seu Pug ativo, com caminhadas tranquilas (faça uma pausa no meio do passeio, para o seu amigo recuperar o fôlego) e alimentação balanceada.

Tutores de Pugs devem também prestar muita atenção ao calor. Evite passeios nas horas mais quentes do dia. Ofereça sempre água fresca para o seu Pug e certifique-se que o local de descanso dele seja à sombra, em ambiente ventilado e em temperaturas amenas.

“Donos de Pugs devem evitar coleiras de pescoço, que podem dificultar a respiração naturalmente difícil do cão. Deve-se dar preferência para as coleiras de peito, que distribuem a pressão de forma mais confortável para o Pet.” – Dra. Luiza da Silva (CRMV-SC 6718), Médica Veterinária.

Aprenda a como cuidar de um Pug. Previna-se contra a obesidade, visite regularmente o veterinário e dê ao seu cão a chance de respirar melhor. Aqui na Digitalvet, você pode contar com a assistência de profissionais de diferentes especialidades veterinárias. Se precisar de ajuda, conte conosco!

 

 

 





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