Exame de Sangue Veterinário: importância da boa coleta

O exame de sangue veterinário é uma importante ferramenta para diferenciação de doenças em animais. Com ele, junto com a anamnese e os exames físicos, os profissionais especializados podem fechar diagnósticos e definir o melhor tratamento para cada paciente.

“O resultado do exame de sangue veterinário não fornece um diagnóstico por si só. Ele precisa ser interpretado e associado a outras informações por um médico veterinário. Diversas doenças podem provocar alterações semelhantes no exame de sangue veterinário.” – Dr. Éder França da Costa, M.V. Especializado em Cardiologia Veterinária (CRMV-SC 3580).

Quando o exame de sangue veterinário é solicitado?

O exame de sangue veterinário é solicitado sempre que o paciente apresenta suspeita de uma doença que não pode ser diferenciada por exames físicos. Através desse recurso, é possível realizar avaliação:

• Hematológica: a quantidade dos principais tipos de células sanguíneas (hemograma). Variações na quantidade de determinadas células de defesa podem ser indício de possível infecção, por exemplo. Também pode detectar anemias, dentre outras condições clínicas.
• Bioquímica: análise das substâncias presentes no sangue a partir de reações químicas.
• Hormonal: tipo e a quantidade de hormônios circulantes no sangue.
• Imunológica: avaliação dos componentes imunológicos do sangue.
• Toxicológica: importantes para identificar a presença de substâncias estranhas e potencialmente perigosas aos animais. Como exemplo, nos casos de intoxicação de animais por plantas.
• Molecular: detecta padrões do DNA e RNA do paciente ou de possíveis agentes infecciosos presentes em sua corrente sanguínea.

Além disso, o exame de sangue veterinário é uma importante ferramenta para monitorar a evolução das doenças e a eficácia de determinados tratamentos.

“O exame de sangue permite dosar e avaliar uma quantidade muito grande de parâmetros da saúde do animal. Entretanto, é importante frisar que cada teste exige uma quantidade de sangue específica. Por esse motivo, a quantidade de testes realizada por cada amostra é limitada. Eles devem ser escolhidos com base na avaliação clínica e nas suspeitas advindas dela. Não se pode coletar uma amostra e fazer todos os testes existentes, isso é impossível“. – Dr. Éder França da Costa, M.V. Especializado em Cardiologia Veterinária (CRMV-SC 3580).          

Coleta Especializada

A coleta de material é um momento bastante crítico no exame de sangue veterinário. Trata-se de um procedimento invasivo, que implica na manipulação, contenção e indução de dor ao paciente, devido à picada da agulha. Questões como o estresse dos animais durante as coletas (que pode provocar alterações em exames como o hemograma), devem ser levadas em consideração. 

“Por isso, é necessário que o ambiente onde a coleta é realizada seja muito tranquilo e que os profissionais tenham total conhecimento das técnicas de manipulação e contenção dos pacientes, além de estarem tranquilos e concentrados também.” – Dr. Éder França da Costa, M.V. Especializado em Cardiologia Veterinária (CRMV-SC 3580).

Presença do Tutor

Em certos casos, para tranquilizar o animal e realizar o exame com qualidade, é necessário pedir para que o tutor deixe o ambiente. Assim, é possível eliminar a interferência emocional do tutor sobre o seu Pet. 

É importante entender que um consultório médico não é um ambiente em que o pet deseja estar. Assim, seu tutor representa um “refúgio” naquele momento. Portanto, a reação natural é que o animal corra para o seu colo, o que causa um aumento da ansiedade. O grau de ansiedade do tutor também pode causar certa instabilidade na concentração da equipe no momento da coleta. 

Por esses motivos, nossa experiência tem mostrado que, na maioria dos casos, as coletas são mais rápidas, mais eficazes e menos doloridas sem a presença do tutor no consultório.

Técnicas Específicas para Coleta de Sangue em Animais

Rotineiramente, o exame de sangue é realizado através da punção de uma veia (raramente coleta-se de artérias). Nos humanos adultos, geralmente a coleta é feita puncionando-se uma veia do antebraço. No entanto, por maior que seja o animal, esse membro sempre terá um diâmetro muito menor em comparação a uma pessoa. Apesar disso, as agulhas utilizadas em animais possuem o mesmo calibre das agulhas utilizada em humanos. Isso porque a viscosidade do sangue é semelhante e, assim, uma agulha mais fina poderia causar destruição das células do sangue ou até mesmo entupir.

“Para evitar desconfortos, como danos aos vasos, dor intensa ou danos à amostra, os médicos especializados da Digitalvet utilizam técnicas específicas de coleta de sangue. Em vez de puncionar as veias dos membros dos animais, geralmente optamos pela veia jugular, que possui um maior calibre e menos terminações nervosas ao seu redor. Isso permite que o exame seja feito de forma mais rápida e confortável.” – Dr. Éder França da Costa, M.V. Especializado em Cardiologia Veterinária (CRMV-SC 3580).

Cuidados Necessários

A utilização da veia jugular durante o exame reduz os riscos de coagulação do material, já que a coleta é mais rápida. Imediatamente após a coleta, fazemos uma leve pressão no local por alguns instantes.

“É importante também que a região do corpo onde foi feita a coleta não seja muito movimentada após o procedimento. Isso é muito mais fácil de ser controlado na região do pescoço do que nos membros do pet. Mesmo assim, alguns hematomas podem surgir na região. Porém, são absorvidos e não representam uma complicação importante.” – Dr. Éder França da Costa, M.V. Especializado em Cardiologia Veterinária (CRMV-SC 3580).   

Exame de Sangue Veterinário na Digitalvet

Além de todos os cuidados citados acima, os profissionais especializados da Digitalvet oferecem outros cuidados nos serviços de exame de sangue veterinário. Entre eles:

• Utilização de tubos de coleta específicos para cada tipo de exame realizado: com e sem anticoagulante e ativadores de coágulos, por exemplo;
• Centrifugação para separação dos elementos sanguíneos. Este processo reduz os riscos de hemólise (destruição das células) durante o transporte da amostra; 
• Estabilização da temperatura das amostras antes e acondicionamento em temperatura adequada em refrigerador (o choque térmico pode, em alguns casos, comprometer a amostra).

“Outro ponto muito importante é o manejo dos pacientes. Na Digitalvet, os profissionais são treinados para tranquilizar o pet e realizar os exames com qualidade. O uso de medicamentos sedativos é exceção. Eles só são utilizados em último caso.” – Dr. Éder França da Costa, M.V. Especializado em Cardiologia Veterinária (CRMV-SC 3580).

Cuide da saúde do seu companheiro. Faça o exame de sangue veterinário em um centro especializado, que respeite as normas técnicas e as boas práticas de coleta. A prevenção e o tratamento das doenças do seu Pet depende de você. Conte com a Digitalvet para o carinho e cuidado que seu pet merece.