Problemas respiratórios da Raça Pug

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Problemas respiratórios da Raça Pug

O porte pequeno, os olhos grandes e o focinho achatado fazem do Pug um dos companheiros preferidos de quem deseja ter um cachorro, mas não possui muito espaço. No entanto, infelizmente, as mesmas características que tornam esta raça tão adorável, também podem ser a causa para vários problemas de saúde especialmente os respiratórios. O principal motivo disso é a Braquicefalia.

De acordo com a Associação Britânica de Veterinária (BVA), 75% dos tutores em potencial desconhecem os problemas de saúde dos Pugs.

Braquicefalia

Quando falamos de braquicefalia, nos referimos a uma forma curta do crânio, que dá aos animais aparência de um rosto achatado. E isso pode afetar cachorros, gatos, coelhos e outras espécies.

Os Pugs apresentam esta condição. Eles possuem um focinho muito menor do que o dos outros cães. Entre as principais consequências disso, estão:

  • Dificuldade para respirar (especialmente durante atividade física);
  • Ruídos excessivos ao dormir (ronco);

O focinho curto dos Pugs também impede que o animal regule a temperatura corporal adequadamente. Isso pode deixar o cão ainda mais ofegante, provocar desmaios e, em situações extremas, levar o animal à morte.

Raça Pug: Cuidados Necessários

Para evitar que as complicações respiratórias diárias tornem-se graves, é fundamental controlar o peso dos Pugs. Mesmo que essa raça não suporte exercícios de alta intensidade, é importante manter o seu cão ativo, com caminhadas tranquilas (faça uma pausa no meio do passeio, para o seu amigo recuperar o fôlego) e alimentação balanceada.

Tutores de Pugs devem também prestar muita atenção ao calor. Evite passeios nas horas mais quentes do dia. Ofereça sempre água fresca para o seu Pug e certifique-se que o local de descanso dele seja à sombra, em ambiente ventilado e em temperaturas amenas.

“Uma ótima dica para os donos de Pug é evitar coleiras de pescoço, que podem dificultar a respiração já deficiente do cão. Dê sempre preferência para as coleiras de peito, que distribuem a pressão de forma mais confortável para o cachorro.” (Dr. Eder França da Costa, M.V / CRMV-SC 3580).

Narinas Estenóticas

Vimos que os ruídos ao respirar fazem parte da vida de um Pug – esteja ele dormindo ou acordado. Existem, porém, algumas ocorrências mais sérias, que podem necessitar de intervenção cirúrgica. É o caso das narinas estenóticas.

Alguns cães, especialmente os braquicefálicos, nascem com a narina muito estreita, e simplesmente não conseguem respirar como deveriam. Trata-se de uma característica genética.

Para alguns filhotes, a situação é ainda mais difícil durante a fase da dentição, pois as narinas podem ficar ainda mais fechadas. A tendência é que, uma vez que os dentes adultos do filhote tenham crescido, as narinas reabram, e o Pug volte a respirar melhor.

O procedimento para para ampliar as narinas do Pug e permitir uma respiração melhor é relativamente simples. Pequenos pedaços de tecido nas paredes da narina são removidos. Alguns pontos são necessários, e a maioria dos cães leva cerca de uma semana para curar.

Ressaltamos que cabe ao médico veterinário analisar a situação de cada animal, e definir a necessidade ou não de intervenção.

Palato Mole e Alongado

O palato mole é um pedaço de tecido que bloqueia as vias aéreas do Pug quando ele come ou bebe algo, direcionando o fluxo para o estômago. Porém, como nos Pugs essa estrutura é muito grande, ela acaba cobrindo também as vias aéreas normais do cão. Alguns sinais de palato mole e alongado são:

  • Respiração ofegante;
  • Ronco excessivo;
  • Tendência a apenas respirar pela boca (o que pode levar a salivação excessiva);
  • Vômitos ou tosse durante ou depois de comer ou beber.

A cirurgia para remover o excesso de tecido do palato pode ser recomendada em alguns casos. É uma cirurgia simples e efetiva, podendo ser realizada em conjunto com a correção das narinas estenóticas, de acordo com o diagnóstico veterinário.

Colapso de Traqueia

O Pug é resultado do cruzamento de diversas raças. No entanto, os genes que definem a aparência tão desejada pelos criadores também podem carregar defeitos. No caso dos cães de menor porte, como o Pug, esse pacote genético pode fazer com que os anéis da traquéia do animal sejam mais moles do que deveriam – facilitando a ocorrência de deformações.

A traquéia fica no pescoço e leva o ar até os pulmões. Todo oxigênio que o seu animal respira passa por ela. Conforme já mencionamos em artigo anterior aqui no blog, o colapso é o estreitamento deste canal, por onde o ar deveria passar. E é por isso que a deformação é tão grave. Ela impede que o seu animal respire da forma como deveria.

Além do componente genético, o processo de envelhecimento e as variações de pressão que atingem o pescoço do animal aceleram a deformação e achatam os anéis da traquéia, que entra em colapso.

A doença é crônica e geralmente começa ao poucos, com uma tosse leve, que pode ser confundida com algum outro problema. Os sintomas mais comuns são:

  • Tosse curta, rouca, seca e alta – semelhante ao grasnar de um ganso.
  • Dificuldade para respirar;
  • Cianose (mucosas azuladas).
  • Sonos com roncos altos;
  • Desmaios.

O colapso de traquéia pode ser tratado com mudanças específicas no estilo de vida do animal, com medicamentos que facilitam a respiração e até mesmo com o implante de uma prótese específica. Entretanto, nem todo animal com colapso de traquéia é indicado para a cirurgia.

Cuide do seu Pug com carinho. Visite regularmente o veterinário e dê ao seu cão a chance de respirar melhor. Aqui na Digitalvet, você pode contar com a assistência de profissionais de diferentes especialidades veterinárias. Se precisar de ajuda, conte conosco!

Veterinário Especializado





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