Cuidados com Pets no Frio
O inverno começa oficialmente no dia 21 de junho, mas o frio já chegou em muitas partes do Brasil. Assim como um casaco às vezes não é suficiente para nos aquecer, os pêlos podem não ser suficientes para manter o seu companheiro aquecido. No entanto, alguns cuidados com pets no frio podem garantir a saúde do seu amigo.
Grupos de Risco para Doenças no Inverno
Qualquer animal, em qualquer idade, pode sofrer com o inverno. Os dias mais curtos, a menor quantidade de luz natural e as temperaturas mais baixas provocam mudanças fisiológicas importantes. Por isso, os cuidados com pets no frio devem ser observados.
Algumas raças, como o São Bernardo e o Husky Siberiano, adaptam-se melhor ao inverno. Há, porém, alguns grupos que exigem mais atenção. Pets com problemas crônicos, (especialmente ortopédicos e cardíacos), podem ter o quadro agravado durante o frio. Cães e gatos filhotes e idosos podem estar mais suscetíveis a doenças também, como a gripe canina e a rinotraqueíte viral felina, por exemplo.
Gripe Canina
Assim como os humanos, os cães também ficam gripados. Mas não se preocupe: os seres-humanos não pegam gripe de cachorros. O vírus H3N8, responsável pela gripe canina, é altamente contagioso, mas apenas entre os cães.
A gripe canina pode ser transmitida por contato direto com animais infectados, através das secreções respiratórias e por contato com objetos contaminados, como brinquedos e vasilhas.
Alguns animais não demonstram sintomas, mas cerca de 80% deles costumam manifestar tosse, coriza, espirros e até febre. Em pacientes com saúde mais frágil, a doença pode evoluir para uma pneumonia.
Por estes motivos, a vacina contra a gripe canina é um dos principais cuidados com pets no frio e não deve ser encarada como uma opção. Ela deve ser aplicada periodicamente. A versão injetável exige duas doses ao ano. Já a versão intranasal, apenas uma.
Rinotraqueíte Viral Felina
Trata-se de uma doença respiratória altamente contagiosa entre os felinos. É caracterizada por espirros, perda de apetite, febre e inflamação nos olhos, com alguns casos de corrimentos nasais e oculares.
A Rinotraqueíte Viral Felina é provocada pelo Herpesvírus Felino Tipo 1, e não atinge humanos. A transmissão ocorre pelo contato com as secreções nasais e lacrimais, assim como pela saliva.
Na fase aguda, os sintomas são rinite, conjuntivite, úlceras de córnea, secreção nasal, tosse, lesões com crostas no nariz e na face, úlceras na boca, salivação, depressão e febre.
Por se tratar de uma virose, não há tratamento direto para a doença. A melhor forma de prevenção é através da vacina, que geralmente é aplicada entre 45 e 60 dias de vida. Além disso, outros cuidados com pets no frio envolvem evitar o contato de animais saudáveis com gatos contaminados ou sem diagnóstico. Saiba mais sobre viroses em gatos em nosso ebook.
Como cuidar do Pet no inverno
Parece óbvio, mas muita gente esquece. Manter o animal aquecido é um dos principais cuidados com pets no frio. Por isso, evite passeios no início da manhã e no fim de tarde ou à noite. Dê preferência aos horários mais quentes. Outras recomendações importantes são:
Casinha:
Pets que moram em casinhas fora de casa merecem atenção especial. Se possível, posicione o abrigo em locais sem vento. Forre a casinha com material isolante e jornal, para que não molhe e permaneça aquecida. Adicione um cobertor a mais para o seu amigo e coloque uma cortina de plástico na portinha. Ele não vai reclamar.
Atenção: cães que moram dentro de casa também podem sentir frio. Veja se o local onde o seu amigo dorme é quentinho o suficiente. Verifique a existência de correntes de ar, forre o chão com algum material isolante e deixe um cobertor à disposição.
Alimentação:
Assim como nós, os animais também sentem mais fome no inverno. Trata-se de uma reação natural do organismo, que exige atenção. Claro que cada animal é único e possui necessidades particulares, mas a recomendação geral dos veterinários é aumentar em, no máximo, 20% a quantidade de comida para o pet no inverno.
É necessário, porém, ficar atento à forma física do seu companheiro. Com mais comida e menos atividade física, a tendência é engordar. E isso pode ser bastante prejudicial à saúde. Vale lembrar também que uma alimentação balanceada é fundamental.
Banho:
Assim como a alimentação, o banho é um assunto bastante particular, que deve ser discutido com o veterinário. A recomendação é fazer a higiene do seu Pet pelo menos uma vez por semana. Contudo, nos dias mais frios, essa periodicidade pode variar.
Para isso, é preciso ter em mente que o banho não é o único cuidado de higiene que devemos tomar. Para ampliar os intervalos de banho, é fundamental adotar outros cuidados com pets no frio. Entre eles, trocar as cobertas, limpar a casinha e manter os potes de comida e água sempre higienizados.
Além da periodicidade dos banhos, fique atento também aos horários, dando preferência às horas mais quentes do dia. Use um secador de cabelo para evitar que o seu amigo fique molhado por muito tempo. Cuide também para não ferir a pele do animal com o calor.
O inverno é a época do ano em que registramos mais casos de otites. Seque bem o seu companheiro e evite sair com o seu cão ou gato para a rua logo após o banho.
Por fim, se mesmo com todos os cuidados com pets no frio o seu amigo apresentar sinais de que não está bem, visite o veterinário. Cada animal apresenta características próprias, que devem ser avaliadas e acompanhadas de perto pelo profissional. Com isso, você garante uma qualidade de vida melhor para o seu companheiro e a alegria da sua família.
Aqui na Digitalvet, trabalhamos com exames veterinários e com diversas especialidades da Medicina Veterinária. Se precisar de ajuda no cuidado com o seu pet neste inverno, conte conosco.