Escolher um Pet é uma decisão bastante particular. Há quem escolha os cães e os gatos. Também existem as pessoas que preferem animais exóticos. Nesta denominação, estão porquinhos da índia, hamsters, coelhos, calopsitas, papagaios, jabutis, iguanas, serpentes, entre outros.
Por definição, animal exótico é todo aquele que não ocorre naturalmente numa determinada região geográfica. Em outras palavras, é aquele que foi trazido de forma acidental ou intencional pelo homem.
Responsabilidade
Sem dúvida, o primeiro cuidado que devemos ter ao optar por um animal exótico é adquiri-los apenas em lojas e criadouros legalizados. O tráfico e o comércio ilegal de animais é uma prática cruel, que deve ser combatida duramente e jamais estimulada.
Antes da decisão, também é muito importante informar-se sobre as particularidades de cada espécie. Assim como acontece ao adotar um cão ou gato, é indicado conversar antes com um veterinário especializado. Dessa forma, o profissional poderá esclarecer a você sobre as condições (materiais e pessoais) necessárias para manter a saúde e bem estar do animal.
Afinal, assim como os Pets tradicionais, os animais exóticos podem ter personalidades bastante diferentes e serem bastante sensíveis. Criá-los exige responsabilidade, carinho, tempo e dinheiro.
Manejo Adequado
Infelizmente, grande parte dos tutores de animais exóticos não possuem as informações para o manejo correto. Erros na alimentação, higiene e exposição à ambientes inadequados podem fazer com que os Pets exóticos sofram com doenças graves, até mesmo fatais. Abaixo, listamos alguns dos erros mais comuns no manejo de animais exóticos.
Roedores e Coelhos
Alguns dos problemas de saúde mais comuns em porquinhos da índia, hamsters e coelhos estão relacionados aos seus dentes. Por crescerem ao longo de toda a vida, os dentes de roedores e coelhos precisam ser desgastados constantemente. Por isso é tão importante para eles o ato de roer.
Roedores e coelhos que não têm a oportunidade de roer – ou que roem da forma errada – podem sofrer com dentes grandes e pontas que machucam. Assim, prejudicam a oclusão e os impedem de comer.
“Esse é, geralmente, o primeiro sinal que os donos percebem. O animal deixa de comer. E, por possuírem um metabolismo muito acelerado, poucos dias sem conseguir se alimentar pode representar graves riscos para esses animais”. Dr. Greyce Silvano Gomes, M.V (CRMV-SC: 4975).
Roedores e coelhos também sofrem com doenças de pele, problemas respiratórios e gastrointestinais. O manejo alimentar incorreto, com excesso de folhas, pode levá-los a desenvolver cálculos na bexiga, rins e uretra.
Algumas doenças infecciosas e parasitárias de roedores e coelhos se expressam quando os animais estão em condições inadequadas de manejo alimentar e ambiental. Limpar o ambiente do Pet com frequência e oferecer espaço para que ele expresse o seu comportamento natural é bem importante. Visitar o médico veterinário com frequência é outro cuidado básico, que deve ser respeitado.
Aves
Existem milhares de espécies de aves. Cada uma delas possui hábito alimentar próprio. Quando estão livres na natureza, algumas comem sementes. Outras necessitam de frutas, néctar e até mesmo carne. No entanto, por conta da falta de informação e pela comodidade, muitos criadores alimentam suas aves apenas com sementes (ração pronta) – um erro que pode ser bastante grave.
As rações prontas podem ter quantidades diferentes de macronutrientes como proteínas e gorduras. As aves porém, precisam de uma alimentação equilibrada, de acordo com a necessidade de cada espécie. Os erros no manejo alimentar costumam provocar problemas digestivos e ósseos – por conta da oferta inadequada de nutrientes como cálcio e fósforo.
“Aves presas em gaiolas não voam, gastam menos energia e acabam acumulando muita gordura no fígado. Por isso, acabam sofrendo com inúmeros problemas.” – Dr. Greyce Silvano Gomes, M.V (CRMV-SC: 4975).
As aves também podem sofrer com problemas respiratórios, infecciosos e parasitários. Os responsáveis devem mantê-las abrigadas do frio, do vento e oferecer as condições ambientais para que elas possam se desenvolver com saúde.
Distúrbios de comportamento, como depressão, também são bastante frequentes em aves criadas em cativeiro. Alguns animais chegam a praticar a automutilação, arrancando as próprias penas devido ao estresse.
Algumas doenças podem aumentar o problema, fazendo com que as penas fiquem frágeis e quebradiças.
Répteis
Tartarugas, jabutis, iguanas e serpentes podem sofrer com o manejo equivocado. Doenças de pele, no casco, pneumonia e deficiências nutricionais são comuns nessas espécies quando criadas fora de seu habitat natural.
Algumas doenças são provocadas pela falta de higiene, por temperatura e umidade equivocadas. Por isso, é fundamental consultar o veterinário especializado, para conhecer quais as condições ambientais necessárias para cada animal.
Tartarugas e jabutis que vivem em ambientes muito planos, como pisos de cerâmica, podem desenvolver problemas articulares graves. Essas espécies podem apresentar distocia. Muitas vezes, seus ovos precisam ser retirados através de procedimentos cirúrgicos.
Cuidados Gerais para Animais Exóticos
Grande parte dos acidentes envolvendo animais exóticos têm como causa o contato com outros animais, como cães e gatos. Por isso, certifique-se de que os seus Pets estão seguros uns dos outros. Brincadeiras e brigas podem resultar em emergências e serem fatais.
Caso decida por um animal exótico, procure imediatamente um veterinário especializado e informe-se sobre as vacinas e sobre o manejo correto. Esse cuidado básico faz parte da responsabilidade que todo tutor deve ter, independentemente da espécie do seu Pet.
Em caso de dúvidas sobre o manejo correto do seu animal, procure a DigitalVet. Nossa equipe é formada por profissionais especializados nas mais diversas áreas da medicina veterinária.